Nasceu em 6-1-1952, em Valtierra, Navarra,Espanha. Bispo prelado de Cametá, Brasil. Ordenado em 7-5-2000. Estrada Cônego Siqueira,1653. Caixa Postal 11. 68400-000 - Cametá, PA, Brasil. Tel. (55[0]91) 3781 11 57. Fax (55[0]91) 3781 11 13.
Formação
Realizou seus estudos secundários no Seminário de Martutene (São Sebastião). Estudou a filosofia no Seminário Santa Rita (São Sebastião) e a teologia na Faculdade de Teologia de Granada. Na Faculdade FAI, de São Paulo, no Brasil, completou os estudos filosóficos para sua convalidação.
Destinos e cargos ocupados
Pároco de Afuá (1980-1986) Vigário Cooperador de Salvaterra (Prelazia do Marajó) - (1986-1988) Formador do Seminário Menor: em Soure (Prelazia do Marajó) - (1988-1990) Formador do Seminário Maior: São Paulo (1990-1994) Pároco de São José de Queluz (Belém do Pará – Brasil) (1994-1997) Vigário Provincial: Rio de Janeiro (1997-2000) Nomeado Bispo: 07 de maio de 2000 Secretário da CNBB - Regional Norte II: 2003 Vice-presidente do Regional Norte II - CNBB, 2004. Presidente do Regional Norte II - CNBB, 2007.
Diocese
A Prelazia de Cametá está localizada na região amazônica, mais especificamente, na província do Pará. Foi criada em 29 de novembro de 1952, e entregue aos padres da Missão (Padres Paúles), de origem holandesa. Seu 1º bispo foi holandês: Dom Cornélio; o 2º, Dom José Elias, brasileiro; e o atual, Dom Jesus Maria, é Espanhol. Dom Jesus Maria assumiu a Prelazia em 7 de maio de 2000.
A Prelazia tem o seminário maior “Bom Pastor”, na cidade de Belém, com 10 seminaristas maiores realizando estudos de filosofia e teologia. O Seminário Menor “Pe. Josimo” encontra-se em Cametá e conta, atualmente, com 6 seminaristas menores.
Como a Prelazia encontra-se nas duas margens do rio Tocantins, a maior parte do transporte é feita por via fluvial. Nos últimos anos, abriram-se algumas estradas, facilitando bastante a viagem até as paróquias.
Como a Prelazia encontra-se nas duas margens do rio Tocantins, a maior parte do transporte é feita por via fluvial. Nos últimos anos, abriram-se algumas estradas, facilitando bastante a viagem até as paróquias.
Na última Assembléia do Povo de Deus, foram escolhidas como prioridades para o trabalho pastoral: a defesa da vida, a família e a formação dos leigos. Como temas de destaque: a evangelização da juventude, a catequese e o dizimo.
Agostinho (354-430), natural da Numídia – região que, na atualidade, faz parte da Argélia –, nasceu de um pagão, Patrício, e de uma mãe cristã, Mônica. Educou-se nas cidades norte-africanas de Tagaste, Madaura e Cartago. A Igreja católica acolheu-o mediante o batismo em 387. Foi ordenado presbítero de Hipona em 391 e Bispo da cidade em 395. Aos 24 de agosto de 410, as tropas de Alarico entrariam em Roma, pela porta Salária, saqueando a cidade a com grande violência. Esta desgraça levou Agostinho a pregar seu Sermão sobre a destruição de Roma e a escrever a Cidade de Deus. Dois decênios mais tarde, as hostes de Genserico sitiariam Hipona, onde seu Bispo morreria piedosamente em 430.
1. Infância
Agostinho veio ao mundo aos 13 de novembro de 354, em Tagaste, pequena cidade da Numídia na África romana. Este núcleo urbano, hoje argelino, chama-se Souk-Ahras. Embora não tenha sido batizado quando criança, Mônica, sua mãe, ensinou-lhe os rudimentos da religião cristã e, vendo como o filho se separava deles à medida que crescia, entregou-se por ele à oração constante, dolorida e confiante. Anos mais tarde Agostinho se apresentará a si mesmo como sendo o "filho das lágrimas de sua mãe". Católica fervorosa, Mônica dedicou a sua vida inteira à conversão de seu filho ao Cristianismo.
Da idade dos doze aos quinze anos, entre 366 e 369, Agostinho cursará em Madaura, hoje Mdaourouch, estudos de nível médio. Sobressaía entre os colegas. Sentiu grande atração pela poesia. Aprendeu trechos inteiros dos principais autores que se estudavam na escola: Terêncio, Plauto, Sêneca, Salústio, Horácio, Apuleio, Cícero e, sobretudo, do grande poeta Virgílio.
Os amigos de Patrício aconselharam-no a enviar seu filho a Cartago, então capital política e universitária do norte da África. Para tanto, precisava-se de uma importância em dinheiro de que os pais de Agostinho não dispunham. Por isso, aos dezesseis anos, de 369 a 370, os estudos de Agostinho interromper-se-iam bruscamente, à espera de uma ajuda econômica, e o jovem ficaria em Tagaste.
Ao invés de se dedicar a algo sério naquele período, Agostinho perdeu o tempo com seus companheiros. Não recebeu o batismo nem a instrução religiosa que, naqueles meses, teriam talvez ajudado a que ele evitasse o mal.
Apesar dos conselhos de sua mãe, Agostinho enveredou pelos “caminhos torcidos pelos quais enveredam aqueles que dirigem a Deus as próprias costas e não o rosto”. Sentiu-se feliz com aquelas férias inusitadas e experimentou os primeiros atrativos da amizade e do amor. Um ano depois, en 370, poderá viajar para Cartago graças à generosidade de Romaniano, rico mecenas de Tagaste e amigo de sua família. Por volta de 371, morreria o seu pai, já católico então. Entre os dezesseis e os trinta anos de idade, Agostinho viveria com uma mulher cartaginesa cujo nome se desconhece, com quem, em 372, chegou a ter um filho, Adeodato: nome latino que significa ‘dado por Deus’.
2. Hortensius, uma leitura decisiva
Agostinho contava quase vinte anos de idade quando se deparou com os grandes livros da filosofia. Certo dia, cairia em suas mãos uma obra do famoso orador e filósofo romano Cícero, que o jovem leu com admiração: Hortensius. Infelizmente, este livro não chegaria até nós, embora, graças a Agostinho, possamos chegar a ler várias de suas páginas, às quais tanto ele deveu.
Esta obra extraordinária abriu-lhe o campo das realidades invisíveis e despertou-lhe o gosto e o desejo por buscar a sabedoria e a verdade. A partir dessa leitura, Agostinho começou a caminhar conscientemente para Deus, Verdade suprema.
Pouco depois, Agostinho começaria a ler as Sagradas Escrituras, não chegando ele a compreendê-las, já que alguns de seus conteúdos o horrorizaram, além de encontrá-las escritas com um estilo pobre.
Decepcionado com o seu primeiro acercamento da Bíblia, tentará prosseguir de outra forma seu caminho em direção à verdade.
Numa busca cansativa e tenaz de solução para o problema da verdade – poderia o homem conhecê-la? Como distingui-la do erro? –, Agostinho passará de uma escola filosófica para outra, sem achar em nenhuma delas resposta que satisfizesse a sua invencível inquietude. Finalmente, freqüentaria o maniqueísmo, pois suporá que esta interpretação da realidade poderia oferecer-lhe a explicação racional e sistemática de tudo, bem como orientação moral para a sua vida. Militou nesta doctrina por vários anos, abandonando-a finalmente, depois de falar com o bispo Fausto. Decepcionado com este encontro pelo qual esperara tanto, concluiu que a verdade é inalcançável. O ceticismo apoderou-se de seu coração.
Num tempo em que estudava quanto viesse a cair-lhe em mãos, Agostinho sentiu-se dominado pelos livros de astrologia. Embora o Cristianismo fosse a religião principal do Império, as “ciências ocultas” estavam na moda em todos os lugares. Terminados, em 373, os seus estudos superiores em Cartago, Agostinho regressou a Tagaste, onde ensenaria gramática pelo período de um ano, até 374. A sua mãe veio a descobrir, desiludida, que o filho vinculara-se muito aos maniqueus. Entre 374 e 383, foi professor de retórica em Cartago e escreveu Sobre o belo e o conveniente, obra que se perdeu.
3. Milão, berço da conversão
Um belo dia, sem avisar ninguém e tratando de que sua mãe não suspeitasse da viagem, Agostinho embarcou para a Itália, onde encontraria a solução para seus problemas intelectuais e uma resposta satisfatória para suas dúvidas religiosas. Em Roma, ensinou entre 383 e 384. Nesta época, recebeu a notícia de que em Milão se procurava um professor de retórica.
Chegado a Milão, em 384, já não tinha fé nas doutrinas maniquéias, embora tampouco estivesse próximo ao Cristianismo. As críticas dos maniqueus contra a Bíblia pareciam-lhe irrefutáveis. Agostinho travaria a batalha decisiva, na qual sairia vitoriosa a graça de Deus.
Os sermões de Ambrósio, Bispo da cidade, os relatos de Simpliciano, presbítero milanês bem cultivado intelectualmente, assim como o exemplo dos companheiros de seu amigo Ponticiano foram penetrando profundamente no coração de Agostinho. En 385, Mônica chegava a Milão. Durante a primavera de 386, ele leu alguns “livros dos platônicos” e, em julho, escritos de são Paulo.
«Não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne.» Rm 13, 13.
Agostinho não quis ler mais. Aquelas palavras paulinas foram as que, “como se uma grande luz de segurança se tivesse derramado em seu coração, fizeram com que desaparecessem para sempre todas as trevas de suas dúvidas”.
Agostinho, que completaria 32 anos em novembro, acabava de viver o dia mais importante da sua vida. Antes da sua conversão, chegara a pensar em fundar uma espécie de fraternidade em vida comum con alguns de seus amigos e discípulos, desejosos, como ele mesmo, de aprofundar-se nas questões fundamentais da filosofia. Uma vez convertido, Agostinho levaria a cabo aquela idéia, inspirada, porém, agora, na primitiva comunidade cristã de Jerusalém.
4. Vida monástica e episcopal
Agostinho consagrou-se ao estudo formal e metódico do Cristianismo. Renunciou à cátedra e, em companhia da mãe e de alguns companheiros, retirou-se a Cassicíaco, nos arredores de Milão, para dedicar-se por completo ao estudo e à meditação, durante o outono de 386. Aos 24 de abril de 387, contando a idade de trinta e três anos incompletos, foi batizado em Milão, durante a Vigília pascal, pelo santo Bispo Ambrósio. Uma vez batizado, regressou à África em 388; mas antes de embarcar, a sua mãe Mônica morreria em Óstia, em agosto de 387.
Para satisfazer as necessidades pastorais de Valério, Bispo de Hipona, no ano 391, durante uma celebração litúrgica, os fiéis o escolheram para que fosse ordenado sacerdote.
Com lágrimas nos olhos aceitou esta eleição repentina, à qual, num primeiro momento, chegou a opor-se com gritos e lágrimas. Algo parecido lhe sucederia ao ser consagrado Bispo em 395. Naquele então, deixaria o mosteiro de leigos e iria instalar-se na casa episcopal, transformada por ele, daí em diante, num mosteiro de clérigos.
A atividade episcopal de Agostinho foi enorme e variada. Pregava sem cessar e em muitos lugares, escrevia incansavelmente, polemizava com os que iam contra a ortodoxia cristã daquele momento, presidia concílios, resolvia os mais diversos problemas que lhe apresentavam os seus fiéis. Enfrentou-se com os maniqueus, donatistas, arianos, pelagianos, priscilianistas, acadêmicos...
Os dias de sua última enfermidade foram, para Agostinho, ocasião propícia para examinar toda a sua vida e dar graças a Deus pelos benefícios recebidos, bem como para pedir perdão a Deus e aos irmãos.
Depois de quarenta anos de luta pela Igreja, Agostinho entrava em agonia, para ser logo recebido com júbilo na cidade santa de Deus. Aos 28 de agosto de 430, o filho de Patrício e de Mônica, Agostinho, Bispo de Hipona, adormeceu na paz do Senhor. Contaba então com 75 anos de idade, 10 meses e 15 dias.